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CuidArte, Enferm ; 17(1): 112-116, jan.-jun. 2023.
Artigo em Português | BDENF - Enfermagem | ID: biblio-1512016

RESUMO

Introdução: Hipertensão arterial sistêmica é uma condição em que a pressão do sangue contra as paredes das artérias é muito elevada. O olho, diretamente envolvido no aumento da resistência vascular periférica, é orgão-alvo quando a retinopatia hipertensiva se faz presente. O controle da hipertensão arterial sistêmica desempenha papel fundamental na evolução da retinopatia hipertensiva, considerando o tempo de duração e a idade dos pacientes. Fundoscopia é o exame mais importante para visualizar esses pequenos vasos, sendo possível detectar alterações e classificar a hipertensão arterial sistêmica para uma melhor conduta terapêutica. As alterações vasculares retinianas visualizadas no fundo do olho são classificadas na hipertensão arterial sistêmica em arterioescleróticas e hipertensivas. Objetivo: Identificar os principais fatores relacionados à retinopatia hipertensiva e a relação com o tempo de diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica. Método: Estudo transversal, observacional e descritivo. Fundoscopia e Retinografia foram realizados em pacientes do ambulatório de oftalmologia de um hospital-escola no interior paulista, com diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica, para avaliar o grau de comprometimento vascular retiniano. Resultados: Foram examinados 236 olhos de 118 pacientes, a maioria do sexo feminino (58,5%), com idade média de 61 anos. Questionados sobre o controle da sua hipertensão arterial sistêmica, as respostas obtidas foram: 48 pacientes (40,7%) souberam responder que sua pressão era controlada com medicação; 60 (50,9%) afirmaram descontrole da pressão sistêmica e 10 (8,4%) não souberam responder. Dos 103 pacientes (88%) que apresentaram alterações na Fundoscopia, 70% apresentaram alterações relacionadas a arteriosclerose e 76 (64%) relacionados à retinopatia hipertensiva. Dos pacientes com arteriosclerose, 74,7% apresentaram alteração no cruzamento arteriovenoso, enquanto os pacientes com retinopatia hipertensiva 51,3% apresentaram vasoconstrição arteriolar espástica. A abordagem terapêutica da HAS é baseada na tentativa de controle dos valores pressóricos e a adesão ao tratamento é um fator fundamental para o manejo de condições e a prevenção de complicações decorrentes delas. Conclusão: Os fatores diagnósticos relacionados à retinopatia hipertensiva foram: o tempo diagnóstico, as alterações vasculares de arterioloesclerose e o descontrole pressórico. As alterações na retinografia servem para auxiliar na gravidade de hipertensão arterial sistêmica bem como alertar e estimular à ter um melhor controle de PA. O envolvimento de toda a equipe de saúde também é necessário para uma visão multidisciplinar do problema, já que a adesão ao tratamento é importante no controle da hipertensão arterial sistêmica


Introduction: Systemic arterial hypertension is a condition in which blood pressure against the walls of the arteries is very high. The eye, directly involved in increasing peripheral vascular resistance, is the target organ when hypertensive retinopathy is present. The control of systemic arterial hypertension plays a fundamental role in the evolution of hypertensive retinopathy, considering the duration and age of the patients. Fundoscopy is the most important exam to visualize these small vessels, making it possible to detect changes and classify systemic arterial hypertension for better therapeutic management. Retinal vascular changes seen in the fundus of the eye are classified in systemic arterial hypertension into arteriosclerotic and hypertensive. Objective: To identify the main factors related to hypertensive retinopathy and the relationship with the time of diagnosis of systemic arterial hypertension. Method: Cross-sectional, observational and descriptive study. Fundoscopy and retinography were performed on patients at the ophthalmology outpatient clinic of a teaching hospital in the interior of São Paulo, diagnosed with systemic arterial hypertension, to assess the degree of retinal vascular compromise. Results: 236 eyes of 118 patients were examined, the majority of them female (58.5%), with a mean age of 61 years. When asked about the control of their systemic arterial hypertension, the answers obtained were: 48 patients (40.7%) were able to answer that their pressure was controlled with medication; 60 (50.9%) stated that they had uncontrolled systemic pressure and 10 (8.4%) were unable to answer. Of the 103 patients (88%) who presented changes on Fundoscopy, 70% presented changes related to arteriosclerosis and 76 (64%) related to hypertensive retinopathy. Of the patients with arteriosclerosis, 74.7% presented changes in arteriovenous crossing, while 51.3% of patients with hypertensive retinopathy presented spastic arteriolar vasoconstriction. The therapeutic approach to SAH is based on trying to control blood pressure values and adherence to treatment is a fundamental factor in managing conditions and preventing complications resulting from them. Conclusion: The diagnostic factors related to hypertensive retinopathy were: time of diagnosis, vascular alterations of arteriolosclerosis and lack of blood pressure control. Changes in retinography serve to help with the severity of systemic arterial hypertension as well as alert and encourage better BP control. The involvement of the entire healthcare team is also necessary for a multidisciplinary view of the problem, as adherence to treatment is important in controlling systemic arterial hypertension


Introducción: La hipertensión arterial sistémica es una condición en la que la presión arterial contra las paredes de las arterias es muy alta. El ojo, directamente implicado en el aumento de la resistencia vascular periférica, es el órgano diana cuando hay retinopatía hipertensiva. El control de la hipertensión arterial sistémica juega un papel fundamental en la evolución de la retinopatía hipertensiva, considerando la duración y edad de los pacientes. La fundoscopia es el examen más importante para visualizar estos pequeños vasos, permitiendo detectar cambios y clasificar la hipertensión arterial sistémica para un mejor manejo terapéutico. Los cambios vasculares retinianos observados en el fondo del ojo se clasifican en la hipertensión arterial sistémica en arteriosclerótica e hipertensiva. Objetivo: Identificar los principales factores relacionados con la retinopatía hipertensiva y la relación con el momento del diagnóstico de la hipertensión arterial sistémica. Método: Estudio transversal, observacional y descriptivo. Se realizaron fundoscopia y retinografía a pacientes del ambulatorio de oftalmología de un hospital universitario del interior de São Paulo, diagnosticados con hipertensión arterial sistémica, para evaluar el grado de compromiso vascular retiniano. Resultados: Se examinaron 236 ojos de 118 pacientes, la mayoría del sexo femenino (58,5%), con una edad media de 61 años. Al preguntarles sobre el control de su hipertensión arterial sistémica, las respuestas obtenidas fueron: 48 pacientes (40,7%) pudieron responder que su presión estaba controlada con medicamentos; 60 (50,9%) afirmaron tener presión sistémica descontrolada y 10 (8,4%) no supieron responder. De los 103 pacientes (88%) que presentaron cambios en la fundoscopia, el 70% presentó cambios relacionados con arteriosclerosis y 76 (64%) relacionados con retinopatía hipertensiva. De los pacientes con arteriosclerosis, el 74,7% presentó cambios en el cruce arteriovenoso, mientras que el 51,3% de los pacientes con retinopatía hipertensiva presentaron vasoconstricción arteriolar espástica. El abordaje terapéutico de la HAS se basa en intentar controlar los valores de presión arterial y la adherencia al tratamiento es un factor fundamental para el manejo de las afecciones y la prevención de complicaciones derivadas de las mismas. Conclusión: Los factores diagnósticos relacionados con la retinopatía hipertensiva fueron: momento del diagnóstico, alteraciones vasculares de la arteriolosclerosis y falta de control de la presión arterial. Los cambios en la retinografía sirven para ayudar con la gravedad de la hipertensión arterial sistémica, así como para alertar y fomentar un mejor control de la PA. También es necesaria la implicación de todo el equipo sanitario para una visión multidisciplinar del problema, ya que la adherencia al tratamiento es importante en el control de la hipertensión arterial sistémica


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Retinopatia Hipertensiva/diagnóstico , Hipertensão/diagnóstico , Fatores de Tempo , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários , Fatores de Risco , Retinopatia Hipertensiva/etiologia
2.
Rev. bras. oftalmol ; 77(4): 189-193, jul.-ago. 2018. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-959102

RESUMO

Resumo Introdução: O glaucoma e a principal causa de cegueira irreversivel no Brasil. Ate o momento nao se dispoe de uma droga ideal para o controle da pressao intraocular (PIO), geralmente necessitando associar dois ou mais medicamentos hipotensores, com frequentes instilacoes diarias e ma aderencia ao tratamento. Objetivos: Descrever quantitativa e qualitativamente as drogas usadas para controle da PIO e a eficacia do tratamento na prevencao da cegueira. Métodos: Estudo transversal retrospectivo, atraves de revisao de 420 prontuarios de portadores de Glaucoma severo acompanhados no ambulatorio do Hospital Emilio Carlos, de Catanduva-SP, de janeiro/2014 a dezembro/2016. As variaveis analisadas foram: idade, acuidade visual e medicamentos antiglaucomatosos utilizados: topicos (colirios) e sistemicos. Resultados: A media de idade dos participantes foi 62,99±16,29 anos. Foram detectados 68 casos de cegueira, sendo que 3 pacientes (0,7%)perderam a visao no tempo investigado, com referencias a periodos sem tratamento/subdose/instilacao indevida/uso de 3 ou 4 colirios. Em 73,3% dos casos conseguiu-se estabilizacao da PIO com o uso de um (38,1%) ou no maximo 02 (35,2%) colirios associados. Houve correlacao significativa entre o no de combinacoes de hipotensores topicos e o no de pacientes em uso de Acetazolamida. O medicamentomais usado foi o Maleato de Timolol (67,1%). Conclusões: Na maioria dos pacientes a PIO foi controlada com 1 ou 2 colirios associados; pequena porcentagem dos casos evoluiu para cegueira; muito provavelmente a evolucao para perda de visao foi decorrente da complexidade e ma aderencia ao tratamento.


ABSTRACT Introduction: Glaucoma is the main cause of irreversible blindness in Brazil. To date, there is no ideal drug for the control of intraocular pressure (IOP), usually requiring the combination of two or more hypotensive drugs, with frequent daily instillations and poor adherence to treatment. Objectives: To describe quantitatively and qualitatively the drugs used to control IOP and the efficacy of treatment in the prevention of blindness. Methods: A retrospective cross-sectional study was carried out through a review of 420 medical records of patients with severe Glaucoma who were followed up at the Emílio Carlos Hospital outpatient clinic in Catanduva, SP, from January 2014 to December 2016. The analyzed variables were: age, visual acuity and antiglaucomatous drugs used: topical (eye drops) and systemic. Results:The mean age of participants was 62.99 ± 16.29 years. Sixty-eight cases of blindness were detected, and three patients (0.7%) lost vision at the time investigated, with references to periods without treatment / subdose / improper instillation / use of 3 or 4 eye drops. In 73.3% of the cases, IOP stabilization was achieved with one (38.1%) or at most 02 (35.2%) associated drops. There was a significant correlation between the number of combinations of topical hypotensive agents and the number of patients taking acetazolamide. The drugmostused was Timolol (67.1%). Conclusions: In the majority of patients IOP was controlled with 1 or 2 associated eye drops; small percentage of cases evolved into blindness; most likely the evolution to loss of vision was due to the complexity and poor adherence to the treatment.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Glaucoma/tratamento farmacológico , Hipertensão Ocular/prevenção & controle , Anti-Hipertensivos/administração & dosagem , Anti-Hipertensivos/uso terapêutico , Hipertensão Ocular/tratamento farmacológico , Registros Médicos , Cegueira/prevenção & controle , Estudos Transversais , Estudos Retrospectivos , Resultado do Tratamento , Pressão Intraocular
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